Se a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) fosse uma sala de aula, a Finlândia e Singapura seriam os alunos que têm sempre as melhores notas. Mas o orgulho dos professores seria outro, o aluno que mais evoluiu desde o começo das aulas. Aquele que chegou com sérias dificuldades e que agora se transforma numa referência para os restantes colegas. Esse aluno é Portugal, um país submerso numa revolução escolar tão silenciosa e constante como imperfeita e questionada. De resto, como sempre o é a educação.
Desde que foi publicado o primeiro relatório do PISA (sigla para Programme for International Student Assessment), os estudantes portugueses não pararam de se superar na matemática, nas ciências e na leitura até 2018, ano em que, pela primeira vez, os resultados baixaram - sem que a OCDE visse motivo de preocupação, mas sim uma estabilização.